quarta-feira, 9 de março de 2011

Crer ou não crer eis a questão

Li, ouvi e refleti durante anos sobre as questões das crenças. Entendi que os seres humanos vivem com base no que acreditam, e ai mora o perigo! Pode levar ao sucesso ou ao fracasso, à cura ou à doenças.
Tudo que se crê torna-se concreto, pois o comportamento – baseado em pensamentos/crenças - levam a situações e resultados que as confirmam. As crenças dão segurança, mas também limitam.
Sociedade, cultura, grupos moldam o pensamento/sentimento e como consequência, o comportamento. Internalizamos os conceitos ensinados pelos “responsáveis” em construir/moldar inicialmente nossa personalidade. Responsáveis não significa que sabem toda a verdade ou que estão totalmente certos.
A teoria da identidade social
explica como o comportamento é moldado pelas normas do grupo ao qual se escolhe pertencer. E quando a identidade social entra em conflito com as motivações pessoais, o “caos” se estabelece. Caos/crise deveria levar a reflexões e consequentemente a mudanças. Mudar nossas bases iniciais não é fácil, mas necessário. Amadurecemos assim… a partir das mudanças de pensamentos. Porque mudam as conexões neurais em função da plasticidade cerebral. Isto á fantástico!
As pesquisas neurocientíficas ajudam a compreender como o cérebro funciona e a Psicologia aplica esses conhecimentos afim de promover um melhor viver.  
Convicções são ruins. Duvidar de tudo é ruim. Que complexo!
Cada um “poderá” escolher seu próprio caminho e como diz a frase, que não sei o autor, “Caminhante não há caminho. Faz-se o caminho ao caminhar”!
Paradoxal, portanto, humano!
por Marly Molina
Copiei parte de um texto muito legal da Neurocientista Suzana Herculano-Houzel. Clique no link e leia na integra.
“…Crenças são produto do cérebro: modelos internos que criamos para explicar acontecimentos sistemáticos, não importa se baseados em evidências ou não, dentro dos quais nossos valores e experiências de vida se encaixam, e que nos ajudam não só a explicar eventos quanto a predizê-los, o que por sua vez ajuda a orientar nossas ações. Pessoas diferentes creem na bondade dos homens (ou na sua maldade intrínseca), na pureza das crianças, em guardar dinheiro na poupança, creem no governo, em educar-se muito e sempre ou em fazer o bem ao próximo.
A crença em Deus, em particular, resolve muitas questões de uma vez só: para começar, todas aquelas em que não conseguimos identificar um agente responsável pelos acontecimentos. A colheita foi boa? Deus quis. Foi péssima? Obra Dele, também, por algum de seus desígnios. Surgiu um câncer? Desapareceu sozinho? Nossos olhos e ouvidos internos são estruturas complexas e aparentemente improváveis? Obra de Deus.
Uma alternativa é aceitar que cânceres, dilúvios, seres altamente complexos e tantas outras coisas simplesmente acontecem, sem um Agente identificável. São obra do Acaso, ou da Natureza, ou de algum outro agente ainda não identificado…” continue
parte do texto extraído de: A neurocientista de plantão - A neurocientista de plantão - Sou ateia e sinto-me discriminada. Pronto, falei. Leia na integra. Muito legal!
Powered By Blogger